quinta-feira, 22 de outubro de 2009

All Star Generation


Às vezes tenho muita vontade de voltar a ser adolescente pra, pelo menos assim, poder justificar minhas atitudes intempestivas e estúpidas.


sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Sin embargo...


Sin embargo, em espanhol, significa "entretanto, contudo, no entanto, porém".

Me ocorreu de escrever mais, logo depois do meu post anterior, porque ao relê-lo, achei que eu fui meio injusta, não sei, meio arrogante com relação ao que eu disse sobre meu relacionamento. Tá bom, eu não tenho nada que ficar expondo coisas tão íntimas aqui, onde qualquer um pode ler, mas já que eu já faço isso mesmo sem a ajuda de um blog, dá igual, vou falar e pronto.

Me senti injusta porque passei um certo ar de "não estou nem aí", mas parei pra pensar no quanto eu sou ridícula de dizer isso, porque eu "tô aí", sim. O fato de eu ter aprendido (graças a Deus, finally!) a pensar em mim primeiro, a colocar o lado afetivo em outro plano que não seja primeiro na minha vida, não significa at all que eu goste menos, que não me importaria se acabasse, que não faz a menor diferença.

Eu to tentando ao máximo fazer as minhas coisas aqui em Madrid independentemente dele, porque tenho receio que ele se sinta usado; também não quero sobrecarregá-lo de coisas e responsabilidades sendo que ele também precisa colocar a vida nos trilhos, depois de viver fora quase um ano. Mas no final das contas nada seria tão fácil, "smooth" e agradável sem ele, sem sua ajuda, sua companhia. Sou eternamente grata, e não é só isso. Tô começando a crer de verdade que paixão em excesso é mais nociva do que parece. Me sinto melhor sem estar tão entregue, tão dependente.

Aliás, voltei, também, pra dizer isso: nunca me senti tão dona da minha vida. E essa sensação, acreditem, é melhor do que qualquer paixão. (E vejam bem quem está dizendo isso, quem diria!)

Resumão Informativo

(Cópia, quase na íntegra, da minha resposta - via msn - pra uma amiga, ao me pedir um resumão dos últimos acontecimentos e motivos que me trouxeram a Madrid.)

"Resumão.... bem, o Javi, namorado espanhol, tava cansado de Bournemouth, e resolveu voltar (ele é de Madrid). Na época, eu tava loucamente apaixonada, e também muitooo cansada da vida de 'Bauru' que eu estava levando e resolvi mudar pra cá também. Nunca pensamos na possiblidade de morar juntos. Ainda bem. Não tenho mesmo vontade. Ele mora com os pais.
Isso foi há um tempo atrás. Mas aí, de repente, meu irmão finalmente conseguiu dinheiro pra ir pra Inglaterra, comprou a passagem, e foi. E eu já com a passagem pra Madrid, aviso prévio nos meus empregos e tal. Aí me senti uma megera de filme infantil por abandonar meu irmãozinho lindo JUSTO quando ele ia chegar pertinho de mim.

Entrei em crise, não sabia mais o que queria, passei quase a odiar o Javi, inconscientemente.
Afinal, tive a dúvida de vir ou não vir até dois dias antes, praticamente. Mas vim, depois do meu irmão me dar força, apoio, dizer que me ama loucamente mas que no final ia ser bom pra ele ficar sem mim lá, pra ele se virar melhor. Meus pais também, afinal, me apioaram, já que eu já tinha investido dinheiro e muitoooooo stress com a tal mudança.

Fiquei um mês com meu irmão, confirmei que ele é meu anjinho da guarda, que quase morro de tanto rir quando estou do lado dele, e coloquei como meta de vida ainda viver com ele em algum ponto dessa trip. Mas me convenci de que seria bom mesmo pra ele ficar longe da irmã-mais-que-coruja. Aí vim, ainda em crise com o Javi.

E, por influência dos fiéis defensores de Barcelona, esperando uma Madrid cinzenta, com trânsito, e um clima insuportável. Mas cheguei aqui e tudo mudou. Amei a cidade à primeira vista, consegui um trabalho (temporário) para a primeira semana, o que já pagará mais da metade do meu aluguel; saquei meu número de seguridade social (um documento basicão pra se fazer qualquer coisa aqui) em 5 minutos, e no terceiro dia encontrei um quarto ótimo SIMPLESMENTE atrás do prédio do Javi. Posso ver a janela dele daqui.

E, ah! Voltei a ficar bem com ele... ainda me irrito com as mesmas coisas, mas estou muito mais tolerante e me sentindo "kind of" apaixonada de novo. Não aquela paixão típica de Julia, cega, louca, mas uma coisa mais madura, mais tranquila, mais pensando em mim e encarando o relacionamento como um detalhe a mais da minha vida. Não desprezando, mas não dando tanta importância.

E agora, enfim, procurando emprego loucamente, abrindo conta em banco, fazendo o resto dos documentos e números pra ser uma cidadã de verdade aqui.

UFA, acabei."

Tem muito, muito mais. Mas esse era, afinal, um resumo mesmo.

Hasta luego. :p