domingo, 30 de novembro de 2008

Bitter.

Final de semana intenso de balada. Quinta, sexta, sábado. Se não estivesse tão frio, iria hoje de novo. Beberia de novo. Não há álcool suficiente no mundo pra encher o universo de coisas que eu quero afogar dentro de mim.
Sempre paro de beber. Sempre decido não beber nunca mais na vida. Mas realmente não ha nada melhor pra se fazer quando você está se sentindo um lixo e quer ficar pior. Adoro ir até o fundo do poço quando me sinto assim.
Sempre paro no meio do caminho das boas coisas, dos meus projetos e de tudo aquilo que exige disciplina e perseverança. Mas quando me sinto mal, ou sei que estou fazendo o que não vai ser bom pra mim, aí sim, vou até o fundo. Não paro até sentir o extremo da dor. O bom de estar na merda é se afundar nela.
E continuo teimando em ser assim. Insistente e conscientemente estúpida.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Carta, amor, o antes e o agora.

Carta escrita pra minha mãe há dois meses atrás, com alguns trechinhos suprimidos.

Algumas coisas mudam muito. Outras, simplesmente não se movem.

Bournemouth, 15 de Setembro de 2008.

Mamãe querida, meu amor...

Desculpe a demora em escrever, mas meus dias têm sido cada vez mais corridos, nem vai rolar de escrever esta carta à mão, pra você ter uma idéia...

Antes de mais nada quero que saiba que eu não posso dar a atenção que você merece e que eu gostaria, infelizmente não posso te ligar toda hora, nem mandar mensagem e tudo, mas POR FAVOR, querida, entenda que eu penso em vocé todos os dias, todos os minutos, minha familia amada é um pensamento constante na minha cabeça, e o amor por vocês é constante no meu coração, e o que há demais forte em mim.

(...)

Quanto à mim, meu amor, tudo vai bem... Não quero mais reclamar, não quero mais me desesperar, resolvi mudar a minha postura antes que a minha própria impressão sobre as coisas me afundasse num mar de negatividade... Nada pode ser tão ruim assim, eu PRECISO começar a enxergar as coisas por outro ângulo... estou aqui por escolha própria, estou aqui como resultado de um esforço (prático e emocional) de todos nós, estou realizando um sonho e não posso admitir que as dificuldades sejam tão maiores que as vantagens. Vou seguir em frente. Isso não significa ficar aqui em Bournemouth, necessariamente. Sequer significa ficar na Inglaterra. Mas a verdade (e acho que essa verdade, lá no fundo, te dói um pouco) é que não sinto que seja hora de voltar definitivamente para o Brasil. A minha vontade de ver vocês, de passar um tempo na NOSSA casa, sentir o seu cheirinho, curtir você, a Mari, o Theuso e o papai, e meus amigos, e a minha cidade, e o meu país, é simplesmente GIGANTESCA, monstruosa, maior que tudo. Devoradora do meu próprio coração. E, por isso, vou fazer de tudo para poder realizar esse desejo, ainda que isso vá contra a opinião de muita gente (que acha que eu deveria aguentar mais tempo por aqui, ja que é tão difícil sair da primeira vez). Exatamente, é difícil sair da PRIMEIRA VEZ. Sinto isso tão forte, essa sensação de estar mais solta, mais livre, de achar que viajar não é um bicho de sete cabeças, que não é tãããoooo difícil assim. E, por isso, não tenho o menor receio de ir visitar o Brasil. Mas sei que, dessa primeira vez, será mesmo uma visita. Não vou voltar sem o inglês fluente do jeito que eu quero. E não vou voltar sem ao menos ter alguma "dica" do que eu quero, profissionalmente falando. Me perdoe pelo chavão, mas estou mais perdida que cego em tiroteio. Nunca me senti tão sem foco. Sei que ele existe, mas simplesmente não consigo achá-lo. E sei que no Brasil eu tenho muito mais chances de me "encontrar", mas eu PRECISO ir atrás do maior objeitvo: atingir um DIFERENCIAL. Voltar com, pelo menos, um curso na minha área, algum novo conhecimento, um estágio que seja. Tudo bem que a minha falta de auto-confiança é tão grave que não me sinto muito capaz de conseguir as coisas, mal sinto que posso, mesmo, entrar em alguma universidade ou bom curso por aqui, mas é exatamente para quebrar esses paradigmas que eu preciso continuar. Lutar, sofrer, não importa. Mas eu preciso provar pra mim de que sou capaz de alguma coisa. Porque sinto que todas essas qualidades que as pessoas atribuem a mim são ilusórias, talvez eu mesma as tenha construído. Sou muito boa nisso, em "parecer boa". Mas na verdade, não sou. Na verdade tenho bloqueios e defeitos muito grandes e graves que fazem de mim uma pessoa sem iniciativa, preguiçosa, com medo e com falta de coragem para enfrentar as dificuldades, a concorrência, as batalhas todas. E eu não quero me deixar abater por essas fraquezas. Estou conhecendo meus limites, exatamente porque eu quero QUEBRÁ-LOS. Preciso ao menos tentar. Preciso conquistar ao menos alguma coisa útil que, na prática, vá ajudar na minha vida. Preciso conquistar alguma coisa a mais do que a simpatia das pessoas. Preciso conquistar mais do que amigos, que namorados. Agradeço a Deus INFINITAMENTE por ter me abençoado com estes presentes maravilhosos que são as pessoas que eu tenho na minha vida. Mas eu preciso dar um jeito de desenvolver meus outros potenciais. Preciso ser mais inteligente, preciso ser mais esforçada, preciso de um bom emprego. Preciso estudar mais, ler mais, preciso fazer qualquer coisa que me faça sentir um pouco melhor, porque não dá pra viver se sentindo assim, tão fracassada. Não que eu me sinta uma perdedora, uma pessoa sem qualidades. Não é isso, e nem quero que você pense uma coisa dessas porque sei que te machucaria. Mas me sinto como uma caixa fechada, cheia de energia lá dentro, de super-poderes, mas trancada. Então a minha luta será esta: quebrar essas correntes, tirar a poeira das minhas asas e VOAR. Se eu atingir só a mais baixinha das nuvens, já estarei feliz. Só quero sair do chão, só quero sair da mediocridade, da inércia. Não quero sentir o mundo me empurrando, e eu aqui parada. Quero, eu mesma, ajudar a empurrar o mundo, lá pra frente, com as minhas próprias mãos. E preciso começar com o MEU mundo. E é exatamente essa a dificuldade. Mas vamos lá. Vou continuar tentando, ainda que caia, tropece, levante e caia de novo.

Resumo da ópera: mesmo sabendo de tudo isso, ainda não sei por onde começar. Há dias em que penso em tentar morar um pouquinho em Londres, pra ver se aparece algo mais interessante do que aqui. Sinto falta de gente interessante. Muita falta. Mas Londres me dá preguiça só de pensar. Trânsito, chuva, distâncias enormes, violência, zilhões de pessoas. A mesma loucura e movimento que me atraem, me assustam. Também penso em tentar me centrar e equilibrar aqui em Bournemouth mesmo, onde o custo de vida é mais baixo, e me dedicar a fazer um curso na Universidade daqui, que é boa na minha área. Ou em ficar mais uns meses aqui para dar um "up" final no inglês e fazer esse mesmo processo de "aprender a língua e depois fazer um curso interessante", mas na Espanha (onde tem universidades conceituadíssimas na área de comunucação). E também penso, ainda, na minha trip pelo mundo, trabalhando um pouquinho e indo pra outro lugar, assim mesmo, sem grandes programações, deixando rolar. E penso no trabalho voluntário na África. E penso no "estaágio" espiritual na Índia. E, por último, penso em ir para o Brasil em breve, passar dois meses e me mandar para a Austrália. Continuar estudando inglês e batalhar uma especialização na minha área. A Austrália não tem construções antigas e monumentos em homenagem aos mortos na Guerra, mas tem ESTRUTURA. DINHEIRO. VISÃO. A economia aqui da Inglaterra também, por azar, entrou em recessão pela primeira vez em 60 anos. O valor da libra está caindo e não é mais um "negócio da China" você ganhar em pounds. Dá praticamente na mesma se eu for pra Austrália e ganhar em dólares australianos. E lá, quem diria que eu ligaria pra isso, tem o clima parecido com o nosso. Nunca imaginei, mas como é horrivel o frio, a chuva assim tooooda hora. Não é à toa que os índices de depressão na Inglaterra são dos mais altos do mundo. Aqui, no inverno, anoitece às 3 da tarde. Ou seja, quando você acorda pra ir trabalhar, tá escuro. Quando você sai do trabalho, já tá escuro de novo. E isso dura 3 meses. Como não se sentir amargurado???

Tá bom, eu sei que parece que estou tentando te convencer de que meu plano é realmente incrível, e no fundo é um pouco verdade, visto que eu não consigo dar um passo com paz no coração se eu não tiver a aprovação SINCERA de você e do papai, mas de qualquer forma o que quero é a sua opinião... Como amiga, como MÃE, como uma pessoa vivida e também como uma filha FIEL de Deus e que muitas vezes é verdadeiramente inspirada por Ele.

Bom, mas enquanto isso, minha vida segue aqui. Moro numa casa com mais 4 pessoas e o Rafa. São um casal de poloneses, da nossa idade, e mais duas irmãs, também polonesas. E o Rafa aqui comigo. Mas como ele está indo embora dia 14 de outubro, vou ter que me mudar DE NOVO. Acho que será a minha quinta casa. Haja paciência! Mas é que o quarto aqui é grande, e pra morar sozinha ficaria muito caro, eu não poderia pagar. E não quero dividir com mais ninguém. Ninguém MESMO. Quero curtir o banzo inicial de ficar sem ele, e depois dar rumo pra minha vida sozinha, começar de novo. Eu e a minha baguncinha, de mais ninguém. Eu e a minha insônia, e mais nada. Sim, sofro de insônia na Inglaterra. Têm melhorado nos últimos dias, mas ainda não tá 100%. Nunca imaginei que pudesse ser tao horrível não conseguir dormir....

(...)


O trabalho está indo também, eu quase tive um crise histérica de stress e frescura por não suportar mais ser faxineira, mas me deram 4 dias de folga em que eu me "internei" no quarto e descansei tudo o que estava precisando. Funcionou. Voltei renovada, e agora estou amando meus velhinhos de novo. Tá bom, tenho vontade de chorar e vomitar quando estou limpando as privadas, mas depois do banho passa a sensação de estar suja. Ai, Deus!

(...)

Bom, minha princesa, o resumo emocional e prático é este, agora é 1:30 da matina e eu tenho que acordar muito, muito cedo. Vou mandar essa carta o quanto antes, pra evitar que os assuntos "caduquem".

Te amo mais que tudo na vida, maezinha, e não vejo a hora de te abraçar, te beijar, comer sua comidinha, deitar no seu colo, assistir novela contigo, chegar da balada e te contar os bafos às cinco da manhã, acordar falando "OI NECRA!", cheirar seu travesseiro beeeeeeem fundo só pra sentir o seu cheirinho, tomar chimarrão na grama do nosso jardim, ganhar seu beijo de boa noite, de bom dia, abrir os olhos na minha cama e saber que você ta na cozinha fazendo pãozinho de minuto, passar o domingo inteiro em casa comendo as suas invenções gastronômicas, e muuito, muitooooo mais coisas gostosas que eu sinto tanta, tanta, tanta falta que só de escrever essas palavras meus olhos se enchem de lágrimas, e meu coração de AMOR.

Minha linda, aguenta firme que eu não vou ficar longe pra sempre não, ta???? Só vou crescer mais um pouco e já volto!!!!

E mesmo longe, mesmo que eu va laaa pro outro lado do mundo, eu estou SEMPRE, SEMPRE, SEMPRE com você, meu coração batendo junto com o seu, e minha mão segurando a sua, com a alma e o pensamento unidos em AMOR INCONDICIONAL e ETERNO!!!!

SEJA FELIZ, MEU AMOR, QUE ISSO ME FARÁ SEMPRE FELIZ!!!!

AMOR, AMOR, AMOR,

Sua Julinha

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Botão do Foda-se


Que delícia. A mais indecisa das pessoas conseguiu tomar uma atitude.

Fui pro trampo (do asilo) na segunda-feira, já comecei a ter uma crise (interna) de saco cheio (na lua mesmo) de fazer faxina e aguentar certos seres de energia inferior, resolvi pedir demissão e pronto. Pedi.

Não que tenha sido a coisa mais fácil do mundo, deu um medinho ("tá com medinho?". Tô, caraio, e daí?), mas a vontade de dar uma sacudida na poeira foi muito maior. Que é isso, meu Deus, tô em outro país pra viver experiências e aprender coisas, posso saber o que é que eu to fazendo enfiada numa rotina que eu não gosto, num trabalho que não vai me acrescentar na-di-nha de nada? Tive esse estalo, bem lá no meio da minha primeira faxina do dia, e foi enough pra ter coragem.

Gente do céu, foi tipo fazer xixi depois de três horas apertada num ônibus sem banheiro. Alívio.

Agora o desafio tá lançado, tenho um mês pra arrumar outro trampo. E vou. Caso não role, o plano B entra em acão. Lets see.

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Hoje to in love com a Inglaterra. Sei lá, o dia amanheceu tão bright, minha casa tá tão limpinha, meus amigos são tão queridos, a única dúvida do momento é entre passar o reveillón em Londres ou em Edimburgo, enfim... mesmo que eu quisesse, não tenho do que reclamar. Ufa! Sorte de vocês (né, Rafa?).

AMO! AMO. A-MO!

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

O Bom Filho à Casa Torna - II

Voltei, e dessa vez tem que ser pra ficar.

Fiquei todo esse tempo me cobrando por ter largado o blog, mas re-al-men-te não sobra energia, nem tempo, e nem computador eu tinha.

Agora não tenho mais essa desculpa, investi os frutos desse ritmo louco de trabalho na minha primeira aquisição (material, evidentemente) desses tempos de Inglaterra: meu laptopzinho, fofo, ombro mais fiel das minha lamúrias e desabafos de toda natureza. :-)

Confesso que a preguiça arrasa com a minha vontade de escrever, mas o tempo está passando, a vida tá acontecendo, eu continuo morando fora do meu país e vivendo uma experiência única, e não posso deixar isso tudo passar em branco.

Antes de mais nada, então, diante dos longos dias de abandono, o "overview" se faz necessário. De novo.

Trabalho(s)

Estou com dois empregos agora e, por isso, sem tempo pra quase nada. Há dias em que faço mais de 12 horas, dividindo 6 no trampo da manhã e 6 no da noite... Parece muito, mas com um intervalinho no meio da tarde pra eu dormir ou fazer outras coisas até que não é tão foda de encarar. E não adianta: eu, como boa taurina, prefiro me jogar no trabalho do que ficar no perrengue. Cansei, definitivamente, de perrengue. Não que eu esteja com a intenção de fazer grana, de comprar altas coisas, ou de fazer uma super poupança pra investir em algo no Brasil. Nada disso, embora - claro - um dinheirinho seja sempre bem-vindo. Mas tô falando só sobre uma zona de conforto, de não ficar sempre no gargalo, de poder sair e pegar um taxi sozinha a hora que eu bem entender pra voltar pra casa, dar uma viajada eventualmente, essas coisas. E como aqui a vida não é das mais baratas, o jeito é trabalhar assim mesmo. Tudo bem que eu acho que não dá pra aguentar muito tempo nesse ritmo (pelo menos não é dos mais saudáveis), mas por enquanto eu to levando na boa, então "let it flow".

Continuo no "asilo", tive um problema sério lá e achei que tinha perdido o emprego, mas no fim as coisas mudaram de figura e eu acabei ficando. Depois conto direito a história, porque ela vem de um fato que gera um post exclusivo, mas enfim... continuo com meus velhinhos 6 dias por semana, todas as manhãs. Ficaria com eles por todos os meus dias aqui em Bournemouth, desde que eu não tivesse que limpar os apartamentos. Mas eu tenho. E não aguento mais. Simplesmente não suporto, tenho crises de querer largar tudo e sair correndo, não quero mais fazer limpeeeeeeezaaaaaaaaaaaaaaaaa!

O bom é que, quando eu tenho esses ataques, tomo vergonha na cara eu começo a procurar outros trampos. Passo a passo, sem tanta pressa. Se eu for pra qualquer restaurante, bar, café, qualquer coisa que eu não precise faxinar loucamente, já to achando liiiiindo. E isso é o que não falta aqui, eu é que tenho um problema ridículo de (falta de) auto-confiança e náo me achava capaz de trabalhar assim, tãããão diretamente com o público, porque não conseguiria entendê-los, e tal. Maior viagem. Comecei a trabalhar num bar/restaurante aqui na frente da minha casa e to simplesmente amando. Foi uma piração da minha cabeça mesmo, mas agora que eu quebrei o tabu vou conseguir sair do asilo very soon.

O trampo no restaurante tá sendo ótimo por várias razões, é exatamente em frente à minha casa; eu pratico inglês simplesmente all the time; um dos donos é praticamente um pai pra mim aqui (a outra dona é uma turca mal-humorada, mão de vaca e paranóica, mas o Majid compensa a imbecilidade dela); tenho organizado umas festas que estão dando suuuuper certo e isso me alivia um pouco da frustração de não fazer nada do que eu gosto, profissionalmente falando; eu economizo horrores com alimentação e como turkish food (que eu amo mais do que eu imaginava) a hora que eu quiser, e coisas desse tipo.

Casa

Ainda estou morando na mesma casa que eu morava com o Rafa, mas agora divido o quarto com uma loira bafônica linda! =) Anos depois de dividirmos o apê na São Gonçalo, quem diria, eu e Elô aqui de novo, juntinhas, dessa vez versão Europa. Tudo bem que eu to um pouquinho cansada de dividir quarto, casa e tudo, mas não há outra pessoa com quem eu admitisse dividir o teto neste momento (com exceção do Henrique, com quem eu dividiria até meio metro debaixo de uma ponte), que não ela. Já conhecemos direitinho os defeitos e virtudes de cada uma, manjamos o humor uma da outra na primeira olhada, fazemos comidinhas gostosas, choramos de soluçar com filmes românticos, nos cuidamos e nos puxamos a orelha quando é preciso (pra dar uns choques de realidade). Fiquei doente esses dias e, realmente, não sei como seria se ela não estivesse aqui. Eu estava a ponto de pegar um avião direto pro colo da minha mãe, pra sopinha e cuidados dela. Mas a Elô tava aqui e segurou muito, mas muito bem as pontas.

A gente queria continuar aqui na casa, mas tá ficando impraticável de caro, porque temos que pagar pelo gás, que é o que esquenta a água, o aquecedor, o fogão e tudo mais. Com o frio, gasta-se o dobro, mas a gente não tá podendo. Lá vou eu mudar de novo... haja paciência! Nessas horas dá vontade de aproveitar e mudar de país, ou de cidade no mínimo, mas enquanto minha cabeça estiver borbulhando de idéias ainda meio nebulosas, acho mais seguro ficar aqui paradinha.

Amigos

Gente boa (demais) ao meu lado nunca faltou, graças a Deus tenho esse presente na minha vida, os bons amigos... mas ultimamente tem rolado uma troca muito boa com a nossa "turma misturada". Suíços, franceses, venezuelanos, italianos, turcos e brasileiros, juntos todos os dias, dividindo jantares, cervejas, idéias e cultura. Nada de papos super intelectuais e inteligentes o tempo todo, mas a convivência tão intensa e mesmo as bobagens que a gente fala numa mesa de bar ou no fim da balada vão mostrando as nossas diferenças e semelhanças e isso é simplesmente apaixonante. É um jogo de descobrir coisas, dia a dia, e não tem como negar: é o que faz toda a saudade valer a pena.







Saudade

O sentimento muda, aperta, dá força ou tira o fôlego. Mas está presente todos os dias, todos os segundos, e não me deixa esquecer do Brasil nem por um momento. E isso, no aspecto racional da coisa, não é tão bom assim. Mas eu sou movida a emoção e essa, em especial, é o meu combustível pra organizar os planos, colocá-los em prática, e voltar logo pro meu ninho.

Amor, amor, amor.