terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Só Sei que Nada Sei (perdão pela pieguice)

Eu preciso respirar, contar até 10.


Pensar que é muito fácil jogar a culpa na nacionalidade das pessoas, na diferença de culturas. Mas a verdade, a crua verdade, é que no Brasil eu vivia inconformada com tudo. Com a poluiçao de Sao Paulo e o cheiro do Rio Pinheiros entrando pela janela do meu quarto; da super lotaçao do trem da CPTM pra ir pra casa ou do transito de duas horas pra se deslocar da Berrini até o Shopping Morumbi; da falta de educaçao das pessoas; da ignorância geral da naçao; da mente pequena das pessoas, especialmente nas cidades menores como Atibaia e Bauru; da fixaçao de brasileiro por mulher gostosa e por bunda; da falta de vergonha na cara dos políticos; da falta de asfalto da minha rua em pleno século XXI.


E agora to aqui, me lamentando de vontade de voltar, de saudade, de uma falta irracional que eu sinto do meu país e de uma implicância (talvez também irracional) com os espanhóis.


Será que eu tenho que me conformar de que sou uma inconformista? Ou será que de repente eu tenho que engolir com farinha o meu banzo e me esforçar mais um pouquinho pra ver alguma simpatia nessa gente grossa dessa terra?


Nao sei de mais nada. É fim de ano e eu passo horas do meu dia olhando passagens de aviao que ou me dao mais angústia, ou me fazem sonhar mais alto. A mesma história, a velha dúvida, os desejos de sempre: Brasil, para acalmar o coraçao; Índia, para acalmar o espírito; África, para uma edificante terapia de choque?


Who knows?

4 comentários:

Unknown disse...

Jú..... calma flor... o aano tá chegando!!!! e tem outra coisa... em julho to aí m Braga, Portugal... me espeeeeera!!!
Bjssss e ótimo ano novo

Unknown disse...

Julia,
Adorei seu blog!
Continue postando, desabafando, evoluindo, curtindo, gritando, dançando, sorrindo e chorando!
Afinal, de que é feito mesmo a vida, se não de escolhas e atitudes do dia a dia...
Seu coração é puro e seus sentimentos sinceros e isso é uma virtude, mas, ao olhos dos invejosos (e principalmente gringos) isso pode ser um ponto fraco a ser esplorado por eles.
Não desanime! Dont give up, never give up!
Go deep, go hard!
Sucesso e um feliz 2010!
Bjs,
Lucas Nunes.

Unknown disse...

Juju, minha tica, minha flor... adoro ler suas indagações... o que seria de nós se nao tivessemos esses momentos de reflexao?!
continue firme e forte que voce esta no caminho certo e o melhor, evoluindo sempre!
saudade é o amor que fica!
e temos uma gotinha de amor e saudade em cada segundo, momento, lugar e pessoa...
mas uma coisa é certa, brazuca eh phoda, melhor que todas as nacionalidades... nao tem jeito... e meo eita francesa porca hein?! rs...
aqui em sp tbm so chove amiga, uma coisa chata sem tamanho...
otimo 2010 pra vc! a melhor jornalista... mais linda, mais indignada e mais aventureira!
amo mtooo flor, bjaoo

Lourenco Diniz disse...

Infelizmente divido essa mesma angustia com voce, axo que por isso que sinto a nossa amizade algo realmente valioso.

Nao sei se, devemos nos misturar ou somente nos afastar, mas sim, fazer aquilo que nos convem melhor ao que se diz o nosso unico e individual futuro.
Conversando com meus pais, ouvi a seguinte frase: 'Voce meu filho, esta ai fazendo algo que os seus melhores amigos aqui no Brasil nao tiveram coragem, de vencer o mundo e sair de perto da mordomia que toma conta dos jovens hoje nesse país' refleti bastante sobre isso e acho que realmente, somos guerreiros que nao nos permitimos ser COMPRADOS pela FALSA MORDOMIA que o nosso país oferece aos jovens atualmente.
Hoje sou, orgulhosamente um estudante ao qual me dedico ao maximo e sou RECONHECIDO COMO O TAL pelos membros da instituicao, pela sociedade e pelo governo que INVESTE no meu ser com o intuito de que um dia eu possa ser um CIDADAO.
No Brasil, infelizmente somos tomados pelo desleixo de nossa geracao, nos permitimos a ter/ser o que a sociedade oferece e nao o que realmente somos/merecemos.
Bem amiga, o que quero dizer com tudo isso, e que AQUI, na Europa de uma forma geral, sinto-me um cidadao completo, ao qual tenho meus direitos e deveres, e sou respeitado como um tal.
Saudades

Lourenco Diniz